quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Meu corpo é meu! Não se viola, nem se maltrata!


25 de novembro é o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher. Várias manifestações de rua estão sendo realizadas hoje em diversas partes do mundo. Em João Pessoa, o movimento feminista foi até o Parque Solon de Lucena (Lagoa) para protestar. Teatro, batucada da Marcha Mundial de Mulheres e uma ciranda marcaram o ato, que chamou a atenção de todas e todos que passavam no local durante a tarde.
Panfletos foram distribuídos e a mulherada colocou a boca no trombone para denunciar os casos de violência que ainda atinge milhares de mulheres e meninas. Só na Paraíba, de janeiro a novembro deste ano, foram registrados, 43 assassinatos, 24 tentativas de homicídio e 52 vitimas de estupro. O dia 25 de novembro é um marco, mas todos os dias são dias de lutar contra violência à mulher e exigir o cumprimento da Lei Maria da Penha, que prevê diversas ações para coibir e previnir todo ato de violência às mulheres.
Ação direta também é um meio de se combater a violência, antes que ela aconteça.
Além de usar os meios legais para se proteger, as mulheres e meninas também podem aprender alguma arte marcial ou auto defesa, como Krawi Magá e WenDo.

Sobre o Dia 25 de novembro. - O dia 25 de novembro foi eleito como o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, em homenagem às irmãs revolucionárias Mirabal - Patrícia, Minerva e Tereza - presas, torturadas e assassinadas em 1960, a mando do ditador da República Dominicana, Rafael Trujillo. Essa data, que se tornou emblemática, passou a ser um dia internacional de protesto contra a violência de gênero e foi escolhida no 1º Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, realizado em Bogotá, na Colômbia, em 1981.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Basta de Violência! Mulheres às ruas!!




As mulheres da Paraíba saíram às ruas de João Pessoa nesta quarta-feira, dia 11 de novembro, para denunciar e protestar contra a violência que vem atingindo as paraibanas. De janeiro até outubro deste ano, 37 mulheres foram mortas, e geralmente os assassinatos são praticados por pessoas com quem elas têm algum relacionamento, como marido, namorado e parceiro.
A manifestação aconteceu no Jardim Veneza, onde em outubro, três jovens foram mortas sob condições que ainda não foram esclarecidas e o assassinos não foram punidos . No último sábado, dia 07 de novembro, mais três mulheres foram assassinadas, desta vez em Campina Grande. Duas adolescentes de 16 anos e uma dona de casa, de 39 anos, mãe de uma das adolescentes. Neste caso, o assassino foi preso. O motivo dos assassinatos foi porque o namorado de uma das adolescentes não aceitava o fim do namoro. Como sempre, as mulheres continuam sendo vistas pelos homens como propriedades, objetos, e quando elas decidem assumir sua autonomia e liberdade, acontece a prática de violência. Muitas vezes, o relacionamento é permeado de atos de violência e por medo e submissão, as mulheres não conseguem sair da relação.
O Movimento Feminista da Paraíba irá todo o dia 11 de cada mês se manifestar em diferentes pontos da cidade e denunciar estes crimes e cobrar providências do Estado e do Judiciário para que mais nenhuma mulher seja morta e que seja instalado o Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar para que se faça mais rápido o julgamento destes crimes. E que os assassinos não fiquem impunes.

Gênero e anarcofeminismo são debatidos durante Encontro Antifascista




A desigualdade gerada pela construção dos papéis de mulheres e homens na sociedade e a forma que o patriarcado gera os casos de violência contra a mulher foram os principais pontos do debate “Gênero e Anarcofeminismo”, que aconteceu no sábado, dia 07, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal. A atividade foi organizada pelo Coletivo AnarcoPunk Cosmopolita e contou com a participação do Coletivo Wendo Teimosia.
Duas integrantes do Teimosia estiveram presentes ao evento e falaram da importância do Wendo para o fortalecimento e organização das mulheres e das ações que o grupo vem promovendo em João Pessoa.
Em alguns momentos, o debate foi bem acalorado, mas ao final geraram importantes reflexões e ações para o combate ao sexismo e a violência de gênero.

sábado, 24 de outubro de 2009

Mulheres pelo fim da violência na Paraíba


30 mulheres foram assassinadas por seus maridos, parceiros ou namorados na Paraíba entre os meses de janeiro e setembro de 2009. E a maioria dos assassinos estão sem punição. Para mudar esta realidade, o movimento feminista e de mulheres irá às ruas todo os meses para denunciar estes crimes e cobrar do Poder Judiciário a criação do Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar para julgar os casos com mais rapidez.

O Juizado está previsto na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) sancionada há três anos para amparar e proteger as mulheres em situação de violência. Infelizmente, a lei ainda não foi colocada totalmente em prática em nosso estado e a impunidade dos criminosos permanece.

Todos os meses estaremos em pontos diferentes de João Pessoa para chamar a atenção da sociedade e dos poderes públicos para a gravidade da violência contra as mulheres na Paraíba. Nós, mulheres organizadas, estamos atentas e exigimos a punição dos agressores e assassinos de mulheres em nosso estado e a imediata implementação dos mecanismos legais de proteção das mulheres em situação de violência.

*panfleto elaborado pelo Movimento Feminista da Paraíba, divulgado no dia 11 de outubro, durante manifestação nas praias de João Pessoa.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Wendo Teimosia realiza primeira oficina em Recife


Mesmo com três meses de formação, o Coletivo Wendo Teimosia da cidade de João Pessoa já realizou a sua primeira oficina do ano. À convite da Ong feminista Loucas de Pedra Lilás, da cidade de Recife (PE) e da ativista anarcofeminista, Luciene Nascimento, o coletivo promoveu nos dias 19 e 20 de setembro de 2009, a I Oficina de Iniciação Básica ao Wendo para 18 mulheres, oriundas do grupo de jovens Louquinhas daquela Ong, movimentos sociais e grupos de mulheres.
Algumas garotas já tinham tido contato com o Wendo, pois já tinham participado de oficinas em outros estados, como no I Encontro de Grafiteiras, que aconteceu em julho deste ano na cidade de Salvador.
A oficina foi maravilhosa e a interação com as mulheres foi muito marcante!! Tivemos uma grata surpresa ao nos depararmos, já nesta primeira oficina, com uma grande quantidade de mulheres presentes.
Agora, elas estão se organizando para formar um coletivo de Wendo em Recife e outro para discussão entre a mulherada da cidade sobre diversos temas. Nós do Teimosia ficamos na torcida e daremos todo apoio para que mais um grupo de Wendo floresça no Brasil!
Força e Teimosia a vocês, garotas!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Chicotadas e apedrejamento público serão legalizados na Indonésia

O Parlamento da província de Aceh, na Indonésia, aprovará uma lei que estipula o apedrejamento como pena máxima para casos de adultério e cem chicotadas em público como castigo para que mantenham relações sexuais antes do matrimônio, informou nesta quarta-feira a imprensa local.
As medidas serão aprovadas na próxima segunda-feira em Aceh, que até 2004 foi palco de um conflito separatista que durou três décadas, e são um novo passo em direção a implantação no local de uma interpretação radical da lei corânica.
Raihan Iskandar, vice-presidente do Parlamento de Aceh, assegurou em declarações ao diário "The Jakarta Globe", que a normativa conta com um grande respaldo social e político, apesar das críticas que suscitou fora da região situada ao norte da ilha de Sumatra.
"Recebemos muitos apoios para ratificá-la. Com esta norma esperamos conseguir um mandato claro para implementar a 'lei' em Aceh", assinalou.
Além disso, lembrou que a Lei de Governo de Aceh, aprovada pelo Legislativo central em 2006, autoriza a esta província a implementar o "código penal corânico", dado seu caráter de bastião do conservadorismo islâmico.
"Mas não podemos castigar ou apedrejar a pessoas cegamente. Se deverá fazer baseado nas regras e segundo o estipulado nos costumes locais", acrescentou Raihan Iskandar, do islamita Partido da Justiça e a Properidade (PKS).
Os detratores da lei sublinharam sua inconstitucionalida de, ao considerar que viola os Direitos Humanos, embora alguns analistas assinalaram que a Carta Magna da Indonésia sanciona os privilégios da província de Aceh para impor a lei religiosa.
Segundo os analistas, pelo menos 16 das 33 províncias da Indonésia aprovaram leis nos últimos anos influenciadas em maior ou menor medida em interpretações radicais da lei corânica.
O Movimento para a liberação de Aceh (Gerakan Aceh Merdeka, GAM) entregou as armas em 2005 em troca de um estatuto de autonomia e da convocação de eleições livres, vencidas pelo líder do grupo, Irwandi Yousef.
Fonte:. Folha Online

domingo, 30 de agosto de 2009

Carta aberta em solidariedade às manifestações contrárias ao golpe militar em Honduras

Nós, mulheres dos coletivos de auto-defesa feminista do Brasil, manifestamos publicamente nossa solidariedade e apoio à luta de resistência hondurenha,assim como nosso repúdio ao golpe militar instaurado no último 28 dejunho; ao governo ilegítimo de Micheletti e à cumplicidade e co-autoriaridícula do governo dos estados unidos.

Sabemos que o governo de Barack Obama, apesar dos discursos pró-democráticos, tem mantido uma linha de continuidade preocupante com as políticas intervencionistas ilegítimas extremamente arrogantes,historicamente desastrosas na América Central e do Sul. Não é preciso citar massacres e ditaduras militares que estão vivos em nossa memória coletiva revolucionária. Tais políticas, que incluem o fornecimento de arsenal e treinamento militares, possuem o objetivo evidente de conter (para não dizer dizimar, afinal, esse é um documento diplomático) movimentos populares que buscam autonomia, liberdade ejustiça social. Também sabemos que os estados unidos sistematicamente tem apoiado a instauração de regimes elitistas e oligárquicos obedientes às suas ordens porque, em realidade, temem uma aliança latinoamericana e caribeña que conteste seu poder de império. A mensagem que está sendo transmitida por muitas vozes em muitas partes de várias maneiras diz que ditaduras desse tipo (neoliberais,protestantes e militares, sobretudo) não serão mais toleradas!
Nós manifestamos, pois - em consonância com as exigências dos movimentos populares, em particular, das Feministas en Resistência -pelo fim das perseguições políticas das pessoas, ativistas e grupos contrárixs ao golpe; pela restituição imediata do governo de Zelaya e realização do plebiscito sobre a possibilidade de realização de uma Assembléia Nacional Constituinte; pela não-intromissão (e desintrusão) do governo gringo nos assuntos e territórios de todos os países que compõem a América Latina e, finalmente, pela livre e auto-determinação dos povos da América Latina, fim do imperialismo externo (gringo) e interno (das elites econômicas marionetes conservadoras).
Entendemos ainda que a gestão de qualquer território deve ser imaginada e praticada por aquelas pessoas que vivem ali e tem uma relação afetiva, de cuidado e de subsistência com dito território e que interesses capitalistas, militares, neoliberais, especulativos, catequistas nuncaf oram, não são e nunca serão bem-vindos e não passarão!

BRASIL, 01 DE AGOSTO DE 2009.

libres o muertas, jamas esclavas!
Coletivas do Distrito Federal (DF), Salvador (BA), Wendo Teimosia (PB) e Natal (RN).

terça-feira, 18 de agosto de 2009

"Em qualquer lugar que tenha uma mulher em situação de violência, este conhecimento será repassado"


O Coletivo Wendo Teimosia está andando pelo Brasil para conhecer e aumentar os laços com outros coletivos existentes no país. O primeiro grupo a ser visitado foi o de Salvador (BA) no mês de julho. A integrante do Teimosia, Mabel Dias, foi recebida por Luciana Rangel, Kátia Milena e Carol Reis. Além de fazerem parte do Wendo, Carol e Luciana estão envolvidas com a Cooperativa Rango Vegan e Kátia com as artes da grafitagem.
Aproveitando a passagem por Salvador, fiz esta entrevista com as meninas, onde conversamos sobre as atividades realizadas pelo Wendo com as mulheres da cidade e no Centro de Referência da Mulher Loreta Valadares, além das expectativas delas e objetivos com a realização do I Encontro Nacional de Wendo, que ainda não tem data marcada para acontecer.

Por Mabel Dias

1) Como surgiu o grupo WenDo Salvador?

Grupo WenDo Salvador: Surgiu em 2002. Participavámos de um coletivo anarcofeminista (Krii por Libero) e recebemos uma feminista alemã, que também é instrutora de WenDo há mais de 20 anos e mostramos interesse pela proposta de autodefesa feminista e Trude facilitou uma oficina de iniciação básica de WenDo, que durou 2 dias. Após o 1º contato com WenDo conhecemos uma outra feminista da Áustria chamada Andrea, que também passou um pouco mais de técnicas do WenDo. Quando retornaram pra Europa as 2 instrutoras resolveram desenvolver um projeto pra levar mulheres do Brasil pra treinarem intensamente no período de 2 meses, pra quando retornassem pro Brasil formassem um grupo de WenDo e passassem as informações adquiridas pra outras mulheres e foi o que aconteceu.

2) Quais são as atividades realizadas atualmente pelo grupo WenDo Salvador?

GWS: Atualmente estamos desenvolvendo um trabalho de capacitação de atenção de mulheres sobreviventes da violência, junto a Superintendência de Políticas pra Mulheres e ao Centro de Referência Loreta Valadares (CRLV).Esse trabalho tem duração de 4 meses com aulas semanais no período de 3 horas. Estamos trabalhando com uma metodologia de oficinas temáticas a cada treino, abordamos assédio nas ruas, solidariedade de grupo, técnicas de golpes, desprendimentos, escolinha de boxe,resgate da auto estima, entre outros.As mulheres que passam pelas oficinas são usuárias do próprio Centro de Referência Loreta Valadares, mulheres em situação de risco, militantes feministas, profissionais do sexo e dependente químicas.
A meta final desse projeto é que possamos desenvolver um vídeo com depoimentos de mulheres que usaram o WenDo com eficá cia em suas vidas,temos o intuito de mostrar a mudança que o WenDo pode proporcionar para todas as mulheres que tem contato com autodefesa .

3) Como tem sido a experiência de difundir o WenDo com mulheres sobreviventes da violência em Salvador?Como surgiu a oportunidade de realizarem oficinas no Centro de Referência Loreta Valadares?

GWS: A experiência de difundir o conhecimento que temos tem sido muito gratificante, pois já passamos o WenDo pra muitas mulheres diferentes, antes mesmo do trabalho com o CRLV nós já haviamos tido experiência com outras mulheres sobreviventes de violência,fizemos atividades em bairros, movimento sem terra, movimento sem teto de Salvador, mulheres simples e carentes,cada uma com histórias de vida sofrida nas periferias de nossa cidade, mas em todos os locais que íamos havia mulheres que já passaram por uma situação de violência, mas só CRLV é que trabalhamos com uma turma em que a maioria é sobrevivente dela. Nosso 1º contato com o CRLV foi através de visitas que fazíamos ao Centro,mostrando nosso interesse em fazermos uma atividade conjunta, não demorou muito, tivemos a oportunidade de ministrarmos uma oficina aberta no dia 8 de março de 2008 e a partir disso firmamos uma parceria que logo depois se confirmou através do projeto que estamos integradas e que começou no atual ano de 2009.

4) No material de divulgação produzido pelo Grupo WenDo Salvador vocês dizem que o projeto também promove debates com mulheres,no intuito de interagir com tudo que se refere a superação de sistema de gênero.Como te acontecido estes debates?E quais são os seus resultados?

GWS: Sempre que fazemos oficinas nos preocupamos em deixar um momento especifico pra debate, diálogos e vídeos. Usamos temáticas baseada nas relações de gênero que somos constantemente obrigadas a aceitar, passamos nosso ponto de vista pra essas mulheres e percebemos que elas também se sentem vez ou outra fora desses padrões determinados pela sociedade, mas na maioria das vezes elas querem desabafar e falar de seus problemas que associamos diretamente a relações de gênero, mostramos que elas passam por determinadas situações só pelo fato de serem mulheres e felizmente elas entendem e opinam sobre os assunto independente do tema dos treinos ,essas mulheres retomam o controle de suas vidas naquele instante a até mesmo ajudam outras qual ainda não tenham chegado ao mesmo nível delas. Acreditamos que o sistema de gênero foi criado pra nos limitar, se isso nos incomoda temos sim que superá-lo, pois só traz desigualdades, injustiças e violência. Incentivamos que elas lutem por mudanças reais,mudanças que superem esse sistema patriarcal que vivemos e que juntas consigamos construir um mundo mais justo.

5) Por fim, falem sobre a importância do WenDo na vida das mulheres e da realização de um encontro nacional de WenDo com outros grupos do Brasil.

GWS: Acreditamos que o WenDo faz a diferença,nos torna mais seguras,confiáveis,independentes, nos ajuda a acreditarmos em nossa intuição, ficarmos atentas nas ruas, aprendemos a nos impor perante situações que desejamos manifestar o que pensamos e principalmente nos ensina a saber dizer "não" quando necessário.O intuito de fazermos um encontro, é principalmente pra firmarmos uma articulação nacional do WenDo aqui no Brasil,trocarmos experiências,reciclarmos umas as outras e também para nos conhecermos pessoalmente,sabermos quais mulheres e de que local do Brasil são nossas parceiras de luta.Estamos torcendo pra que consigamos construir esse encontro no próximo ano, acho que devemos nos articular com os outros grupos pra que dê tudo certo, já que estamos tentando nos encontrar já faz algum tempo.Queremos aproveitar que outras companheiras estão se atualizando na Europa para passar esses novos treinos pra nós que estamos treinando separadamente em cada cidade, é importante pra revitalizar, apoiar e dar uma energia pra todos os grupos do Brasil. Assim como mulheres do nosso grupo fizeram quando receberam os treinos em 2003 formamos o 1º grupo de WenDo do Brasil e 1º a passar o conhecimento pra várias mulheres, com esse contato pudemos ajudar na construção de vários grupos que se formaram e que hoje ainda estão ativos como em João Pessoa, São Paulo, Natal e Brasília e em lugares que não formaram grupos como, Blumenau, Rio de Janeiro, Maceió e até grupos que infelizmente estão inativos, que é o caso de Aracajú.O encontro será muito importante para que possamos nos fortalecer e continuarmos o nosso trabalho, em qualquer lugar que tenha uma mulher em situação de violência,em qualquer lugar que tenha uma mulher esse conhecimento será passado.

GRUPO WENDO SALVADOR
LUTANDO COMO UMA MULHER!

Essa entrevista foi respondida coletivamente pelo grupo WenDo Salvador, formado por Luciana Rangel, Carol Reis e Kátia Araújo.

Abraços e beijos libertários a todas as companheiras.

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terça-feira, 4 de agosto de 2009

Porque treinar nosso corpo?

O desenvolvimento da força e das habilidades físicas sempre foram atividades por razões culturais majoritariamente praticadas por homens. Por isto, não é surpreendente que eles tenham mais força do que nós, mulheres. talvez, se nos dedicarmos também a consertar carros e os homens à educação das crianças, as coisas sejam diferentes.
Conhecer as possibilidades de nosso corpo e começar a desenvolver os músculos (que temos iguais ao dos homens) nos dá a possibilidade de sentirmos com maior segurança, confiança e autonomia.
Ademais, a atividade física gera saúde, renova, faz circular a energia e nos dá maior equilíbrio físico e mental. Romper este mito estabelece uma questão biológica ou inata aos homens, dizendo que eles têm mais força que as mulheres,é tão simples como aprender a prescindir deles. Por exemplo, na hora de mover um móvel em vez de chamar um homem para que nos ajude, porque não chamar uma amiga para fazê-lo? É um grande passo!
Tanto a força como as atividades culturalmente determinadas para os gêneros (masculino/feminino) são um mito facilmente destruído. É tão simples para uma mulher aprender a mudar o pneu do carro, como é para o homem ajeitar a cama ou lavar a roupa
A aprendizagem de ofícios úteis como eletricidade, mecânica, etc e a destreza física mostram a autonomia e independência de toda pessoa.
Um dado concreto é saber que se necessita a mesma força para levantar quatro quilos de verduras, que romper quebrar uma madeira com um golpe correto. Muitas vezes não é a força que vale na hora de defender-se, e sim a confiança em você mesma e a técnica muito bem utilizada.


FONTE: EDICIONES DEGENERADAS - ARGENTINA

WenDo - auto defesa para mulheres

Wendo significa “caminho das mulheres.” Trata-se de uma autodefesa feminista, voltada exclusivamente para mulheres.
O Wendo surgiu no Canadá, entre meados das décadas de 60 e 70, se dissipou na Europa e foi absorvido pelo movimento feminista-lesbiano da época e também nos dias atuais. Porém, esta técnica não é voltada apenas para as mulheres lésbicas nem para feministas, sendo praticada por toda mulher que queira aprender meios de se defender.
O objetivo dos coletivos de Wendo é desenvolver técnicas fáceis de serem compreendidas e praticadas, potencializando a segurança e a defesa da mulher, tanto física, quanto psicológica. Além de abordar questões físicas e emocionais, o Wendo é um espaço para o bem-estar e interatividade social entre as mulheres, através de conversas, jogos e dinâmicas. O espaço estimula a auto-estima e desmistifica a incapacidade física das mulheres para a luta, pois, independente de condicionamento físico, biótipo ou sensibilidade, o mais importante é a força de vontade, determinação e o bem estar no que fazemos.
Acreditamos que, desta forma, poderemos juntas, evitar e diminuir os índices de agressões contra as mulheres, desde os mais cruéis, até o mais simples incômodo de andar nas ruas e sofrer desrespeito.
O Grupo de Wendo Teimosia da cidade de João Pessoa (localizada na região nordeste do Brasil), Paraíba, é composto atualmente por quatro mulheres (Lorena, Mabel, Bethânia e Lívia). Três delas participavam anteriormente, do grupo Wendo-JPA. Essas integrantes ampliaram a proposta do Wendo formando um novo grupo, o Coletivo Wendo Teimosia. No período de dois anos, essas instrutoras ministraram sete oficinas, sendo uma delas na cidade de Vitória, Espírito Santo e a outra em Fortaleza, no Ceará. O grupo tem realizado treinos abertos (para mulheres que já participaram de oficinas) e reuniões de planejamento de suas atividades
O grupo Wendo Teimosia foi criado com o objetivo de combater as violências físicas e psicológicas do dia-a-dia e não se detém apenas a treinos físicos mas, sobretudo, a trabalhar a linguagem corporal e as habilidades psicológicas e verbais, através de oficinas, que contam com uma metodologia participativa, interativa, com dinâmicas, jogos, rodas de diálogos temáticas como saúde da mulher, direitos humanos, violência contra a mulher e autoestima
O coletivo Wendo Teimosia de João Pessoa está aberto a participação e colaboração das mulheres e garotas da cidade. Para isto, basta apenas participar de alguma oficina e continuar indo aos treinos abertos, também realizados quinzenalmente.
Conheça e pratique o Wendo! Ajude a fortalecer a luta pelo combate à violência contra as mulheres!


“O medo da mulher a violência e o medo do homem a mulher sem medo” Eduardo Galeano.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Coletivo Wendo Teimosia: as mulheres cada dia mais fortes

Foi formado no dia 07 de junho de 2009 um novo grupo de Wendo em João Pessoa!O Coletivo WendoTeimosia! O grupo foi criado com o objetivo de combater as violências físicas e psicológicas do dia-a-dia e não se detém apenas a treinos físicos mas, sobretudo, a trabalhar a linguagem corporal e as habilidades psicológicas e verbais, através de oficinas, que contam com uma metodologia participativa, interativa, com dinâmicas, jogos, rodas de diálogos temáticas como saúde da mulher, direitos humanos, violência contra a mulher e autoestima. O Wendo é uma técnica de auto defesa feminista direcionada à meninas e mulheres de todas as idades, orientação sexual e de diversas classes sociais. Continuaremos com as idéias de coletividade, apoio mútuo, desenvolvendo os princípios do Wendo, como sempre nos baseamos. Estamos elaborando nossa carta de princípios, que é a base para a convivência harmônica e solidária entre todas as mulheres do grupo, com confiança, compromisso e respeito.Muitas ações já estão programadas, mas no momento oportuno as divulgaremos, pois ainda estamos concluindo o nosso planejamento de atividades para este ano de 2009 e nos organizando para dar conta de tudo, em consonância com nossas atividades particulares. Para nos contactar e nos conhecer, é só enviar um email para coletivowendo@gmail.com.

Força, resistência, teimosia e saúde a todas!!