quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Meu corpo é meu! Não se viola, nem se maltrata!


25 de novembro é o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher. Várias manifestações de rua estão sendo realizadas hoje em diversas partes do mundo. Em João Pessoa, o movimento feminista foi até o Parque Solon de Lucena (Lagoa) para protestar. Teatro, batucada da Marcha Mundial de Mulheres e uma ciranda marcaram o ato, que chamou a atenção de todas e todos que passavam no local durante a tarde.
Panfletos foram distribuídos e a mulherada colocou a boca no trombone para denunciar os casos de violência que ainda atinge milhares de mulheres e meninas. Só na Paraíba, de janeiro a novembro deste ano, foram registrados, 43 assassinatos, 24 tentativas de homicídio e 52 vitimas de estupro. O dia 25 de novembro é um marco, mas todos os dias são dias de lutar contra violência à mulher e exigir o cumprimento da Lei Maria da Penha, que prevê diversas ações para coibir e previnir todo ato de violência às mulheres.
Ação direta também é um meio de se combater a violência, antes que ela aconteça.
Além de usar os meios legais para se proteger, as mulheres e meninas também podem aprender alguma arte marcial ou auto defesa, como Krawi Magá e WenDo.

Sobre o Dia 25 de novembro. - O dia 25 de novembro foi eleito como o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, em homenagem às irmãs revolucionárias Mirabal - Patrícia, Minerva e Tereza - presas, torturadas e assassinadas em 1960, a mando do ditador da República Dominicana, Rafael Trujillo. Essa data, que se tornou emblemática, passou a ser um dia internacional de protesto contra a violência de gênero e foi escolhida no 1º Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, realizado em Bogotá, na Colômbia, em 1981.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Basta de Violência! Mulheres às ruas!!




As mulheres da Paraíba saíram às ruas de João Pessoa nesta quarta-feira, dia 11 de novembro, para denunciar e protestar contra a violência que vem atingindo as paraibanas. De janeiro até outubro deste ano, 37 mulheres foram mortas, e geralmente os assassinatos são praticados por pessoas com quem elas têm algum relacionamento, como marido, namorado e parceiro.
A manifestação aconteceu no Jardim Veneza, onde em outubro, três jovens foram mortas sob condições que ainda não foram esclarecidas e o assassinos não foram punidos . No último sábado, dia 07 de novembro, mais três mulheres foram assassinadas, desta vez em Campina Grande. Duas adolescentes de 16 anos e uma dona de casa, de 39 anos, mãe de uma das adolescentes. Neste caso, o assassino foi preso. O motivo dos assassinatos foi porque o namorado de uma das adolescentes não aceitava o fim do namoro. Como sempre, as mulheres continuam sendo vistas pelos homens como propriedades, objetos, e quando elas decidem assumir sua autonomia e liberdade, acontece a prática de violência. Muitas vezes, o relacionamento é permeado de atos de violência e por medo e submissão, as mulheres não conseguem sair da relação.
O Movimento Feminista da Paraíba irá todo o dia 11 de cada mês se manifestar em diferentes pontos da cidade e denunciar estes crimes e cobrar providências do Estado e do Judiciário para que mais nenhuma mulher seja morta e que seja instalado o Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar para que se faça mais rápido o julgamento destes crimes. E que os assassinos não fiquem impunes.

Gênero e anarcofeminismo são debatidos durante Encontro Antifascista




A desigualdade gerada pela construção dos papéis de mulheres e homens na sociedade e a forma que o patriarcado gera os casos de violência contra a mulher foram os principais pontos do debate “Gênero e Anarcofeminismo”, que aconteceu no sábado, dia 07, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal. A atividade foi organizada pelo Coletivo AnarcoPunk Cosmopolita e contou com a participação do Coletivo Wendo Teimosia.
Duas integrantes do Teimosia estiveram presentes ao evento e falaram da importância do Wendo para o fortalecimento e organização das mulheres e das ações que o grupo vem promovendo em João Pessoa.
Em alguns momentos, o debate foi bem acalorado, mas ao final geraram importantes reflexões e ações para o combate ao sexismo e a violência de gênero.